domingo, 30 de dezembro de 2012

O aprimoramento interior


                                      O aprimoramento interior deve ser alcançado por todos aqueles que ingressem no Corpo de Cristo que é a Sua Consciência em nós, seja através de uma Ordem Organizada, de uma Fraternidade ou ainda de um grupo independente. Não que isso seja privilégio exclusivo de nossa Fraternidade, mas por que a tradição e as organizações assim o ensinam.
                                       Para isso existe um objetivo que é o de compreender melhor o que se passa com a humanidade e assim, trabalhar melhor em benefício dela.
                                       O discípulo deve estar imbuído com o espírito da fraternidade, em especial entre os amados irmãos, sejam estes de que Ordem ou Fraternidade forem. Afinal, é entre eles que inicialmente se pratica o ensinamento recebido. E, também, é mais fácil praticar entre os iguais, que têm o mesmo modo de pensar. Por outro lado, é uma exigência tradicional, histórica. É a base fundamental do discipulado consciente: tratar o Irmão como um Irmão.
                                        Assim fazendo, o homem vai se aprimorando em benefício de seu semelhante, e desenvolvendo qualidades que permitam ser, cada vez mais, útil à sociedade.
                                       O aperfeiçoamento do Homem da Torrente a Homem de Desejo está na pratica do bem, no amparo ao próximo, e na busca de uma humanidade menos sofredora.
                                       No momento em que se consegue tratar fraternalmente os demais, o homem passa a ser tolerante.
                                       Compreende o erro nas pessoas, e elas podem também melhor analisar os seus próprios. O aconselhamento sem aspereza e a indicação do bom caminho sem humilhação, devem ser a tônica no trato com aquele que errou. Procurar, assim, reacender as forças morais para que possa reagir contra a sua propensão para o mal.
                                       É preciso saber ser tolerante para esperar tolerância nos outros. O discípulo da Conscência pode refutar as opiniões alheias, mas tudo em um ambiente de cordialidade. Se alguém caiu, deve-se dar-lhe o apoio, estendendo a mão para que se erga.
                                      A tolerância não significa compartilhar do erro. Muito longe disso. Mas ao se chamar a atenção para o erro, não se deve fazer alusão a qualquer cargo que se desempenhe, ou que possa estar ocupando na oportunidade. Não procurar, com o erro de outrem, vangloriar-se da autoridade que naquele momento possa estar desempenhando. O verdadeiro espírito martinista impede que se haja dessa forma, quando o obreiro de fato pratique o que lhe foi ensinado desde a sua iniciação.
                                     Em termos de tolerância, lembremos da postura de nosso Sublime Mestre e Retificador ( Jesus Cristo), em duas passagens bíblicas: a primeira, quando se encontrou com a samaritana, e a segunda quando, à hora de sua morte, pediu ao Pai o perdão aos seus algozes. Não somos perfeitos. Cada um de nós também apresenta seus defeitos. Então, como exigir intolerantemente, perfeição nos outros? Segundo Tomás de Kempis, "cumpre que uns aos outros nos suportemos, consolemos, auxiliemos, instruamos e aconselhamos". Portanto, procuremos ter paciência com a imperfeição dos outros, pois nós também as possuímos e os outros têm de aturar.

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