domingo, 6 de março de 2011
Reflexo do Alto
Estando completamente convencido da rigorosa verdade de que todas as coisas devem revelar-se a si mesma sem o que nunca poderia ser conhecida, repetida ou comunicada, é preciso perceber que não há nada, nem mesmo nas políticas humanas e instituições civis, que não seja um modelo que se encontre independente e acima de nós. Se não houvesse legiões acima de nós, nenhuma diferença com relação aos níveis de superioridade, chefes e governos, nas alturas, não teríamos nenhuma destas instituições aqui embaixo. O próprio homem, neste plano, caminha sob os olhos e proteção dos poderes invisíveis, a quem ele deve todas as coisas, embora raramente procura conhecê-los; mesmo quando o homem fica intoxicado com seu próprio poder, isto mostra que ele deve realmente ter poder; ele deve ter um império, além de servos sinceros e obedientes.
Quando um superior, por exemplo, ou um general, se vê rodeado por seu exército, faz a revista e sente uma secreta satisfação e glória de ter à sua frente tantos soldados fortemente equipados e devotados as suas ordens; quando ele parece dizer a todos os espectadores: "Estas forças que comando não só dependem de mim, mas foram criadas para mim, e a mim devem tudo o que tem", ele meramente repete, numa ordem aparentemente convencional, que o Homem primitivo deve ter sido real, positivo e permanente.
A autoridade primitiva do Homem; no que consiste sua glória. Este Homem primitivo teria tido também legiões, sobre as quais teria tido autoridade absoluta, comunicando a elas o seu espírito, como um general, por assim dizer, transmite sua vontade a milhares de homens sob seu comando, tornando-os um consigo mesmo, e tirando deles, de certa forma, suas próprias vontades, para dar-lhes somente a sua; de outra forma, seu controle sobre os soldados seria impossível e inexplicável.
Este Homem primitivo teria, igualmente, contemplado a si mesmo em sua legião, e assim teria obtido a verdadeira glória, porque poderia valer por algo que possuía, a beleza de seus exércitos, sua coragem ao defender a causa da justiça, ou seja, todas as maravilhas que poderia, de fato, fazer brotar de si mesmo e florescer em todos os seus subordinados à vontade. Ao invés disto, neste plano, suas legiões aparecem diante dele já vestida, armada e treinada; aqui, não é sempre ele próprio quem semeia aquilo que colhe, já que a maioria nunca tenha visto, e nem ao menos saiba o seu nome; uma espécie de conhecimento deveria ter constituído a verdadeira força do Homem primitivo, assim como venerar suas cortes.
Ora, o que dizemos aqui a respeito da ordem militar, pode ser dito de todas as nossas outras instituições, políticas e sociais; poderíamos dizer também em relação à Natureza, pois o Homem poderia ter cooperado com toda região e com todos os poderes, em cada ordem, para produzir aquelas imagens maravilhosas, aqueles sinais arrebatadores, que teriam enchido seus olhos, por todos os lugares, e preenchido seu coração com uma glória meritória e justamente adquirida, enquanto que, sem seu presente e limitado estado, o homem freqüentemente vale muito pouco em tudo aquilo que está a sua volta, e em tudo o que ele escala.
Mas se é do alto que o homem recebeu e ainda recebe tudo de melhor para o governo de seus semelhantes, quanto mais ele decifrar as alturas, mais boas coisas irá descobrir para seu próprio benefício, e da natureza humana; já que é das alturas que vem o processo de cura, enviado pelo Amor Supremo para a sua recuperação.
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