terça-feira, 5 de junho de 2012

O silencio


                                O silêncio e o mutismo têm uma significação muito diferente. O silêncio é um prelúdio de abertura à revelação, o mutismo, o impedimento à revelação, seja pela recusa de recebê-la ou de transmiti-la, seja por castigo de tê-la misturado à confusão dos gestos e das paixões. 
                                O silêncio abre uma passagem, o mutismo a obstrui. Segundo as tradições, houve um silêncio antes da criação; haverá um silêncio no final dos tempos. O silêncio envolve os grandes acontecimentos, o mutismo os oculta. Um dá às coisas grandeza e majestade; o outro as deprecia e degrada. 
                                Um marca um progresso; o outro, uma regressão. O silêncio, dizem as regras monásticas, é uma grande cerimônia. Deus chega à alma que faz reinar em si o silêncio, torna mudo aquele que se dissipa em tagarelice e não penetra naquele que se fecha e se bloqueia no mutismo.
                                 O silêncio é uma abertura à revelação,o mutismo, o impedimento à revelação.
O silêncio dá às coisas grandeza e majestade,o mutismo as deprecia e degrada.
                                 Ensinamento oral? E o silêncio? Bem próprio dos símbolos: eles realizam a conjunção dos opostos.
                                 O tema do Silêncio aparece diversas vezes no Corpus Hermeticum grego e nos escritos gnósticos de Nag Hammadi. Mas sua origem é bem mais recuada. O Hermes Trismegisto alexandrino teve sua origem no deus Thot egípcio. E o silêncio aparece freqüuentemente na teologia egípcia arcaica.
                                 Que o silencio seja o veículo que tranporte a nossa paz para dentro e para fora de nosso sistema solar. Seja um Ser sagrado e todo digno das coisas mais valorosas que existem em nosso sistema.

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